sábado, 25 de janeiro de 2014

SP 460, ALGUMA COISA MUDOU?


"São Paulo, 450 razões para amar". Isso mesmo, há 10 anos, com esse título, uma editora publicou um livro com opiniões de 450 pessoas, anônimas e famosas, sobre a maior metrópole brasileira. Com capa dura, além dos depoimentos, a homenagem era recheada de fotografias da paulicéia desvairada. No final, trazia uma lista com os endereços dos lugares citados pelos convidados. Cada entrevistado podia responder a três perguntas: Por que gosto de São Paulo? O que São Paulo tem que outras cidades não têm? Qual é o lugar ou o programa imperdível que você recomendaria a um visitante? Teve gente que respondeu "eu", para a segunda pergunta. Bom, mas isso não vem ao caso [claro, foi uma brincadeira do autor, mas também uma opinião reveladora da personalidade do entrevistado]. Optei pela primeira indagação. Reescrevo aqui [e assino embaixo], o que disse à época.

      "São Paulo é a cidade do imprevisto. Se você quer ir ao cinema das 8, pode acabar indo ao teatro das 9 ou virar um jantar das 10. A vida urbana caótica, cheia de filas, contribui para novas descobertas, que a cidade não pára de oferecer. Nisso, São Paulo é farta. Há quem tenha infarto por isso, mas acontece que morar em São Paulo, hoje mais do que nunca, exige bom humor, uma boa dose de complacência e, às vezes, resignação para aceitar os destinos que ela impõe. Gosto de São Paulo porque a mesma cidade que corta um desejo te dá outro. Gosto de São Paulo também porque a cidade 'liquidifica' tudo e todas as modas e modinhas".

George Alonso, jornalista, editor do caderno São Paulo do jornal "Diário de S.Paulo"

     São Paulo, 460 anos. Mudou alguma coisa? Muita coisa abriu, muita coisa fechou. Alguma coisa melhorou, muitas coisas pioraram. O certo é que já há 11 milhões de habitantes e 7 milhões de veículos.

PS - O livro "São Paulo, 450 razões para amar" foi publicado pela Editora M.Books


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