Criança! A noite, dizem, é deveras criança. O papel queima. As pessoas ficam em bares quentes e amontoadas. E eu? Eu me confundo no meio de tantas coisas. As pessoas, ou melhor, uma pessoa me definiu em relação a ela como o Sol em relação à Lua. Quando um chega, o outro parte. Nossa história é bem parecida. Penso em você, me recordo de cenas. Me exponho a você. E você não sabe como agir, tal a insegurança. Seu narcisismo é mera lei da compensação. Já te disse ou não existe um tesão, ou você é brocha, ou talvez ejaculação precoce. Ou quem sabe um homossexualismo enrustido atrás desse exarcebado narcisismo. Narcisistas todos somos, mas a autoafirmação parte da lei da compensação. Nunca consegui ficar a sós com você, nunca consegui falar com você sem tomar um drinque encorajador. Nunca te toquei porque sua postura não permitiu. Meu tesão é real. Você tem conhecimento disso. Sua cabeça me agrada (me simpatizo). Teu corpo, desejo. Tua insegurança, odeio! Nunca você me deu a oportunidade de ser eu mesma. Meu eu mulher, fêmea.
Talvez não haja essa possibilidade. Vou embora. É uma questão de dias. Você, você fica, com sua insegurança, com sua boca linda. E deixo a pretensão do meu tesão um dia inexistir. Não insisto. apenas falo comigo mesmo, nossos mundos são diferentes, nossas cabeças também. Talvez a única coisa que eu queira com você seja.... O guarda noturno passa com a lambreta assobiando. É engraçado e você aí na vida, assobiando para outras coisas. Vou embora e no mínimo posso levar a lembrança de um tesão reprimido. Não tenho mais o que escrever. Talvez lhe mande... talvez, não, algum sinal de vida. O orgulho, sabe!? Resta a esperança de um dia nos encontrarmos como homem e mulher que somos. Levo lembranças. Talvez um dia você me procure sem guarda-costas, aí, quem sabe, conversaremos tomando um champanhe juntos, pelo fim da formalidade e pela saudade contida.
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