Ameaçada de
tomar multa diária de R$ 10 milhões [seria um jogo de cena?], a Samarco decidiu implantar barreiras de
contenção ontem na foz do Rio Doce, no Espírito Santo, para tentar preservar a
fauna e a flora locais e impedir a destruição de corais da "cortina de
Abrolhos", que começa ali na foz do Rio Doce -- que, além de área de
manguezais, também é ponto de desova de tartarugas marinhas. O arquipélago
propriamente dito está a 300 km dali. O governo diz que não há chance de
contaminação do arquipélago, mas quem acredita?
A instalação teve seu início na parte sul da foz, em Regência, e segue
até Povoação, na região de Linhares. A implantação da medida e a escolha da
metodologia foram feitas pela Fundação Pró-Tamar, representantes do Instituto
Chico Mendes (ICM Bio), pescadores da região e a a mineradora Samarco --
responsável pela tragédia de Mariana e pelo maior desastre ambiental do
país. As barreiras de contenção são feitas de lona 100% impermeável e
fixadas no fundo do rio, próximo às duas margens. Sua altura é adaptada de
acordo com a profundidade de cada ponto de instalação, o que permite uma melhor
contenção dos rejeitos. A previsão é de que o trabalho seja concluído nos
próximos dias. As barreiras ficarão instaladas até que a água recupere a
qualidade adequada para a fauna e a flora. Além disso, estão sendo realizados,
em outros pontos, testes com floculantes e coagulantes a fim de acelerar a
clarificação da água. As barreiras serão suficientes?
Também está havendo o resgate emergencial dos peixes e crustáceos da
bacia. Em Linhares, as espécies resgatadas estão sendo levadas para
tanques do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
(Imcaper) e, em Regência, para tanques do projeto Tamar. Essa ação tem como
objetivo fazer uma espécie de banco genético de espécies que vivem no Rio Doce
para que, no futuro, elas sejam devolvidas à natureza. Além disso,
especialistas estão recolhendo amostras de peixes e da água.
Auxílio piada
Em resposta às recomendações do Ministério Público, a Samarco propôs, na última
sexta-feira, o pagamento mensal de um salário mínimo para cada núcleo familiar
e um adicional de 20% do salário mínimo para cada um dos dependentes, além de
uma cesta básica. A Samarco diz que está trabalhando para que, até o início
de dezembro, os desalojados e desabrigados comecem a receber os cartões com o
valor do auxílio.
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Ameaçada de
tomar multa diária de R$ 10 milhões [seria um jogo de cena?], a Samarco decidiu implantar barreiras de
contenção ontem na foz do Rio Doce, no Espírito Santo, para tentar preservar a
fauna e a flora locais e impedir a destruição de corais da "cortina de
Abrolhos", que começa ali na foz do Rio Doce -- que, além de área de
manguezais, também é ponto de desova de tartarugas marinhas. O arquipélago
propriamente dito está a 300 km dali. O governo diz que não há chance de
contaminação do arquipélago, mas quem acredita?
A instalação teve seu início na parte sul da foz, em Regência, e segue
até Povoação, na região de Linhares. A implantação da medida e a escolha da
metodologia foram feitas pela Fundação Pró-Tamar, representantes do Instituto
Chico Mendes (ICM Bio), pescadores da região e a a mineradora Samarco --
responsável pela tragédia de Mariana e pelo maior desastre ambiental do
país. As barreiras de contenção são feitas de lona 100% impermeável e
fixadas no fundo do rio, próximo às duas margens. Sua altura é adaptada de
acordo com a profundidade de cada ponto de instalação, o que permite uma melhor
contenção dos rejeitos. A previsão é de que o trabalho seja concluído nos
próximos dias. As barreiras ficarão instaladas até que a água recupere a
qualidade adequada para a fauna e a flora. Além disso, estão sendo realizados,
em outros pontos, testes com floculantes e coagulantes a fim de acelerar a
clarificação da água. As barreiras serão suficientes?
Também está havendo o resgate emergencial dos peixes e crustáceos da bacia. Em Linhares, as espécies resgatadas estão sendo levadas para tanques do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Imcaper) e, em Regência, para tanques do projeto Tamar. Essa ação tem como objetivo fazer uma espécie de banco genético de espécies que vivem no Rio Doce para que, no futuro, elas sejam devolvidas à natureza. Além disso, especialistas estão recolhendo amostras de peixes e da água.
Em resposta às recomendações do Ministério Público, a Samarco propôs, na última sexta-feira, o pagamento mensal de um salário mínimo para cada núcleo familiar e um adicional de 20% do salário mínimo para cada um dos dependentes, além de uma cesta básica. A Samarco diz que está trabalhando para que, até o início de dezembro, os desalojados e desabrigados comecem a receber os cartões com o valor do auxílio.
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