sábado, 14 de novembro de 2015

ENTÃO NÓS, BRASILEIROS, SOMOS LAGARTAS?!



Milho GM: afeta os filtros do corpo  humano, como fígado e rins



      O milho, um dos alimentos mais antigos da humanidade, tem hoje quase toda a sua produção destinada ao consumo animal no Brasil. Só 15% é para o consumo humano. Defendido por conter vitaminas A e do complexo B, proteínas e minerais como o ferro, fósforo, potássio e cálcio, o uso do grão transgênico de milho sofreu um golpe nas últimas pesquisas internacionais.

     Um artigo publicado no International Journal of Biological Sciences mostrou que o consumo da semente modificada tem efeitos negativos sobre o fígado e o rim, os filtros do corpo humanos. Embora as propriedades nutricionais sejam mantidas, estudo francês revelou que os grãos do milho transgênico apontam claros sinais de toxidade. O biólogo molecular Gilles-Eric Séralini e sua equipe puderam divulgar a pesquisa depois que uma decisão judicial obrigou a Monsanto revelar sua própria análise dos grãos, que manteve em sigilo impedindo que a informação se tornasse pública.
   
    Os franceses divulgaram a comparação dos efeitos das sementes MON 863, NK 603 e MON 810 na saúde de mamíferos, sendo as duas últimas permitidas no Brasil, assim como sementes resultantes do seu cruzamento. No caso do NK 603, os dados apontam perda renal e alterações nos níveis de creatinina no sangue e na urina, que podem estar relacionados a problemas musculares. O quadro para o MON 810 não muda muito. Em experimentos feitos com ratos, os machos em geral se mostraram mais sensíveis, mas foram as fêmeas que apresentaram ligeiro aumento do peso dos rins, que pode corresponder a uma hiperplasia branda, presente quando associada a processos imunoinflamatórios. Os autores concluíram que os dados sugerem fortemente que estas três variedades de milho transgênico induzem a um estado de toxicidade, que pode resultar da exposição a pesticidas (glifosato e Bt) que nunca fizeram parte de nossa dieta.

     Já a Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio) informa que “o milho NK603 é tão seguro quanto às versões convencionais”, que a modificação genética “não modificou a composição nem o valor nutricional do milho”, que “há evidências cientificas sólidas de que o milho NK 603 não tem efeitos adversos à saúde humana e animal” e que “o valor nutricional do grão derivado do OGM referido tem potencial de ser superior ao do grão tradicional”. A CTNBio avaliou MON 810 “os efeitos intencionais da modificação não comprometeram sua segurança nem resultaram em efeitos não-pretendidos” e que a “proteína é tóxica só para lagartas”.

     O que esperar da CNTBio, que autorizou o plantio do milho geneticamente modificado no Brasil? Ou ainda aquela cantilena famosa e mentirosa de que os grãos OGM vão permitir o uso de menos áreas cultiváveis. E com isso a fome seria extinta no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário