"Av. Paulista" de Paris tomada por bicicletas: vamos ao Arco do Triunfo? |
Enquanto aqui gastamos tempo e saliva fazendo o debate do atraso do atraso sobre se as ciclovias e as ciclofaixas são coisas de burguês ou de pequeno burguês [e o prefeito paulistano, Haddad, vira alvo de ataques nem sempre bem fundamentados], Paris, a capital francesa, organiza a sua primeira jornada sem carro, mas em toda a cidade, A data marcada, amnhã [domingo]: 27 de setembro, dia que coincide com a Semana Europeia de Mobilidade e a Conferência do Clima COP21 das Nações Unidas.
Paris [que já foi cidade-luz, farol do conhecimento, e tornou-se a cidade dos amantes] por pelo menos por 24 horas será a metrópole dos pedestres, ciclistas e desestressados viajantes não motorizados. Patrocinado pelo governo da cidade, "Um dia sem carro" [Une Journée Sans Voiture”] é um modo de desligar os motores e assim tornar as coisas um pouco mais fáceis para os parisienses e turistas, cansados do caótico trânsito, do barulho e da poluição que os automóveis provocam. A prefeita, Anne Hidalgo, anunciou o evento na primavera do ano passado através de uma foto da famosa Avenue des Champs-Élysées completamente livre de carros, A Champs-Élysées é a Paulista de Paris. As áreas que serão reservadas exclusivamente para pedestres incluem a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 10ª e 11ª zonas municipais da cidade, bem como ruas ao redor da Torre Eiffel, o parque público Bois de Boulogne e Champs-Élysées. A proibição de carro só não será absoluta porque veículos do governo serão autorizados a transitar nas áreas afetadas, assim como as pessoas que vivem nesses bairros. A capital francesa tem 20 zonas municipais [as mais ricas e nobres estão no Dia Sem Carro]. A ideia é difundir a percepção de que é possível mudar radicalmente a forma como as pessoas existem e se relacionam com a cidade.
Apesar de um único dia não ser suficiente para reduzir as taxas de poluição global, com a iniciativa espera-se que os moradores experimentem seus arredores cotidianos sob uma nova ótica, mais calma, inspirando residentes e turistas a fazer uma alteração em suas próprias vidas, em vez dc esperar por uma cidade inteira para fazer isso por eles.
São Paulo já participou de eventos mundiais do "Dia sem carro". Ninguém notou a diferença. Sempre houve baixíssima adesão. O paulistano, viciado nas quatro rodas, ainda enfrentou megaengarrafamentos nesses dias. Só ficou sabendo do evento pelos noticiários de TV, que reportavam o que não houve. Vamos ver como será em Paris.
Se tirássemos todos os automóveis das ruas, a frota de ônibus existente em sp circularia mais rápido e talvez conseguisse levar todos, se houvesse algumas linhas novas em áreas mal servidas de transporte público.
ResponderExcluirO sistema está mal dimensionado e tb mal estruturado... Por exemplo, no Real Parque, um bairro com ruas estreitas e subidas e descidas... devia circular microonibus e vans, que levassem para os shoppigns do outro lado do rio Pinheiros (Morumbi e Market Place, além da avenida Sto Amaro... Que fica aquele ônibus enorme dando volta no bairro e demora muito pra chegar no corredor Sto Amaro/ 9 de Julho
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