Uma mentira contada mil vezes vira verdade.
A frase é de Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na
Alemanha nazista. Por isso, livros foram queimados, instituições educacionais
controladas e meios de comunicação fechados e reabertos "sob nova
direção". Ah, sim, antes mesmo da 2ª Grande Guerra, pessoas também foram
queimadas. Por que utilizo aqui a máxima de Goebbels? Porque milhões de
brasileiros, moradores das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, terão de
adiantar o relógio em uma hora para atender o tal "horário de verão", à 0h do
próximo domingo [dia 18]. Agora, pergunto, por que será que todo ano, a notícia sobre o
início do "horário de verão" vem sempre acompanhada de mil e uma
explicações sobre a economia de 0,5%. Tipo "isso equivale, em todo o
período, a aproximadamente o consumo mensal de energia de Brasília, com 2,8
milhões de habitantes". O que significa isso em termos de economia? Nada,
absolutamente nada.
Nada, não! Significa para uma imensa
maioria de trabalhadores a perda de uma hora de sono -- pior, daquele sono
restaurador. Antes da imposição do horário de verão, as pessoas obedeciam a
posição do sol, para acordar, almoçar e dormir. A longo prazo, o horário de
verão pode causar distúrbios crônicos. Já tive problemas maiores de adaptação.
Não via a hora de acabar. Porque horário de verão só é bom para quem não acorda
cedo e não sai muito tarde do trabalho -- ou seja, para quem tem horário flexível ou faz a sua própria jornada de trabalho. Hoje sofro bem menos. Ele funciona
muito bem em latitudes altas, como nos 46º de Washington. No Brasil, que não
tem latitudes muito altas, essa energia elétrica que se ganha de tarde/noite, o chamado horário de pico. é
perdida de manhã. A meta de economia de 5% no consumo jamais foi alcançada. Pela última
contagem no ano passado a economia foi de 0,7%, porque o gasto de manhã
aumentou.
Qualquer observador percebe que muitos
edifícios de escritórios, para reduzir custos, não apagam jamais suas lâmpadas
brancas, dia e noite. O acende-apaga diminui a vida útil delas e aumenta
custos. Assim como em uma indústria de aço os fornos jamais são desligados, demorariam muito para ficar reaquecidos, a um custo enorme, além de outros riscos técnicos. Uma
campanha de conscientização persistente, com incentivos financeiros na conta, teria efeito muito
maior. Assim como incentivos a construção de prédios inteligentes, com aproveitamento da
luz solar, traria economias maiores e permanentes.
O horário de verão acabará à 0h do dia
21 de fevereiro de 2016, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora. Espero que acabe para sempre, porque no caso horário de verão não se trata de uma questão de gosto, e sim de saúde ampla, geral e irrestrita.
almejo um dia esse horário de verão do diabo acabe
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