quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O RESUMO DA ÓPERA - SEMPRE ÀS QUINTAS

UMA LEITURA SEMANAL DOS JORNAIS - N1 - 02.10.2015

POR GEORGE ALONSO



MONOTRILHO DE SP NÃO TINHA PROJETO NEM ORÇAMENTO...

Agora está explicado porque parece obra parada. A obra da linha 17-ouro, um dos monotrilhos de São Paulo, não tinha projeto básico e nem orçamento quando foi licitada, o que contraria a lei. É o que constatou auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), aprovada ontem, quarta-feira (30). Um trecho da obra, de oito quilômetros, deveria ficar pronto para a Copa de 2014, ligando Congonhas ao Estádio do Morumbi, inicialmente. Mas o projeto só estará terminado entre 2016 e 2017. O custo total do projeto de 18 quilômetros, que era de R$ 3 bilhões já passou para R$ 5 bilhões. Só, a tá? E ninguém vai investigar?

O JOGO DE FORCA CONTINUA

Com a corda no pescoço, Eduardo Cunha se nega a falar sobre contas no exterior. Suíça envia documentos de supostas contas secretas do deputado do PMDB e familiares. Com a corda no pescoço, Dilma escuta Lula e faz alterações nos ministérios para atender o PMDB. Acordão sacrifica ministro da Educação, Renato Janine, e troca Mercadante por Jacques Wagner na Casa Civil. E uma pesquisa CNT/Ibope publicada pelo Estadão mostra reprovação ao governo estável em 69% e bom/ótimo em 10%. Cunha rechaça 3 pedidos de impedimento port falta de provas. Quem pode mais, chora menos. E nós, com a corda no pescoço, vamos ao supermercado e nada mudou...10% lá tb ou mais. Não só a política vai decidir essa parada... seja por impedimento seja nas urnas. Preparar-se para o pior: como diria Raulzito, vai subir a gasolina e o preço do horror, vai cair o nível mental, o preço do caos e...

ROTA 66 ASSASSINA - CRIME DO ESTADO E A FARSA DA INVESTIGAÇÃO

O coronel Erasmo Dias contou tudo, mas pediu para a confissão ser publicada após sua morte. A história de três jovens mortos sem reagir pela Rota durante a ditadura militar, nos anos 1970. Uma prática corriqueira da polícia [de forjar morte por resistência à prisão, com tiroteio] feita contra filhos da classe média alta teve repercussão enorme em São Paulo, mesmo com a censura. Os muros dos Jardins amanheceram pichados como protesto: "Rota 66 assassina". A Rota até precisou mudar a numeração dos carros.  ROTA 66 - A CONFISSÃO  [do Estadão]

AS MOTOS E O TRÂNSITO PAULISTANO
[E QUANDO A FISCALIZAÇÃO VAI COMEÇAR?????]

Líder em acidentes, motos recebem só 4% do total de multas em São Paulo. As motos representam 13% da frota paulistana e seus ocupantes são metade dos feridos em acidentes de trânsito na cidade. Originalmente, o código de trânsito de 1998 proibia as motos entre as faixas, mas o artigo foi vetado pelo então presidente FHC. Os dados colocam a moto como o principal gargalo da gestão Fernando Haddad (PT) no combate à violência do trânsito. Hoje a diferença entre a participação das motos no total da frota e no total das multas é a maior entre todos os tipos de veículos e se mantém no mesmo patamar desde o início da gestão, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Para especialistas, é preciso rever a fiscalização para reduzir mais as mortes de condutores e garupas em motos. A queda no primeiro semestre deste ano foi de 14%, índice menor do que o de outros tipos de usuários. De janeiro a junho, morreram 89 ocupantes de motos contra 85 de carros, por exemplo.
"A moto hoje é o grande problema do trânsito de São Paulo. Uma grande parcela dos motociclistas, infelizmente, ninguém mais segura. Andam acima da velocidade, na contramão, furam o semáforo vermelho", diz Horácio Figueira, mestre em transportes pela USP. Uma pesquisa coordenada por ele e executada pela CET no início do ano apontou que os motociclistas são, proporcionalmente, os que mais cometem infrações na cidade. Nas marginais, a participação desses veículos em acidentes chega a 83%. Figueira defende que a prefeitura proíba o uso do corredor entre os carros para as motos. "Há base legal para multar, mas a CET não multa porque não quer", diz. O engenheiro diz que outros artigos da lei são desrespeitados quando se anda no corredor: ultrapassagem pela direita, desrespeitar a distância lateral e circulação fora da faixa própria. Em 2007, após alta nas mortes, a CET chegou a anunciar que faria essa fiscalização, mas ideia não foi adiante.

[Os motociclistas dizem que isso acabaria com a mobilidade da moto. Mas do jeito que está seria melhor, menos trágico fisicamente; embora economicamente possa ser outra tragédia, com desemprego em massa e oferta menor de serviços de entrega].

Para o engenheiro Eduardo Vasconcellos, consultor Associação Nacional de Transportes Públicos, a redução dos acidentes passa por uma maior fiscalização do excesso de velocidade e por medidas que impeçam que os motociclistas circulem perto dos outros veículos. "Motos são mais vulneráveis por uma questão física, muito mais leves. Onde circulam ao lado de veículos mais pesados, deveria haver um tratamento especial." A gestão Haddad reconhece dificuldades para fiscalizar, mas diz estar tomando medidas, como o uso de radares portáteis nas marginais.
[resumo da Folha]

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